Para fazer justiça ao CEO (ou seja, o principal executivo) e cofundador que tirou a Apple da beira da falência e conduziu-a a um sucesso comercial gigantesco, o site MarketWatch.com acaba de eleger Jobs o CEO da Década.

"Por liderar uma triunfal subida ao topo do mundo da tecnologia, desenvolver computadores e aparelhos que viraram a mesa do mercado e proporcionar ao seus investidores um retorno fenomenal, Steve Jobs é o CEO da década", escreveu o MarketWatch, site considerado especializado no mercado financeiro e ligado ao grupo Wall Street Journal.
Empresa vale mais que a Microsoft
O texto "de premiação" do site ressalta que, nesta década, Steve Jobs e a Apple - com seus aparelinhos revolucionários iPod, iPhone e iPad - conseguiram prosperar mesmo enquanto o resto dos EUA estava patinando em crises em vários setores da economia.
"As ações da Apple floresceram, parando apenas quando a saúde de Jobs foi posta em dúvida. Enquanto suas ações subiram a um patamar 43 vezes maior do que há uma década, o Standard & Poor's 500 caiu 7%", afirma o site.

De fato, a empresa registrou resultados positivos inesperados até mesmo para seus mais acionistas mais otimistas. Em apenas nove anos, o volume de vendas da Apple saiu de US$ 5,4 bilhões, em 2001, para US$ 65,2 bilhões em 2010. Ao longo da década, as vendas da empresa somaram US$ 229 bilhões. No mesmo período, seu número de funcionários subiu de 8.500 para 46 mil, em todo o mundo.
Não é por acaso, portanto, que hoje a companhia está no primeiro lugar na indústria de tecnologia, com valor de mercado estimado em US$ 285 bilhões. Conseguiu a proeza de ultrapassar sua grande rival, a Microsoft, que hoje vale cerca de US$ 220 bilhões.
De acordo com o MarketWatch, cada mil dólares investidos na Apple no fim de 2000 estão valendo, neste fim de ano, cerca de US$ 43 mil.
Um executivo criativo e detalhista ao extremo
A caminhada da Apple deve muito a Jobs, figura tão controvertida quanto admirada em todo o mundo corporativo. Às vezes, até mesmo exageradamente. No MarketWatch, por exemplo, o presidente da Endpoint Technologies, Roger Kay, chegou a comparar a importância de Jobs à de Thomas Edison e de Graham Bell.
Exagero, talvez, mas a verdade é que Jobs foi criativo e tomou para si a responsabilidade de reerguer a Apple na década de 90. Ele tinha sido expurgado da empresa alguns anos antes, após sucessivos fracassos no lançamento de alguns produtos. A Apple quase morreu.
De volta à empresa, já em 1996, Jobs - detalhista ao extremo - decidiu investir em produtos que seduzissem o consumidor com design e eficiência. Deu certo.
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